sábado, 3 de setembro de 2011

EXAMES RADIOLÓGICOS NA PRÁTICA DA FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL E NEUROINTENSIVA – PARTE 1 (RADIOLOGICAL EXAMINATIONS IN THE NEUROFUNCTIONAL AND NEUROINTENSIVE PHYSICAL THERAPY'S PRACTICE - PART 1)

GLEIDSON FRANCIEL RIBEIRO DE MEDEIROS. Especialista em Avaliação Fisioterapêutica pela UFRN, Fisioterapeuta do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL/UFRN); Fisioterapeuta do Centro de Reabilitação Adulto (Secretaria de Saúde do Estado do RN); Preceptor da Residência Multiprofissional em Saúde do HUOL/UFRN. Autor do livro: GUIA ILUSTRADO DE CINESIOTERAPIA NEUROLÓGICA BÁSICA.

Os exames complementares são aqueles que se somam aos dados da anamnese e do exame físico para auxiliarem na confirmação das hipóteses diagnósticas e das propostas terapêuticas. Estes exames podem ser classificados didaticamente em grupos: Laboratoriais, de imagem, biópsias, etc. (1)
Diversos profissionais da área da saúde são habilitados a solicitarem os exames complementares. Dentre eles destacam-se os médicos, os fisioterapeutas, os fonoaudiólogos, os nutricionistas, e outros. Contudo, para solicitá-los, faz-se necessário que o profissional observe alguns critérios como: real necessidade do exame para auxílio diagnóstico e, consequentemente, terapêutico; domínio técnico para prescrevê-lo e interpretá-lo adequadamente; e finalmente, a habilitação legal, autorizando os profissionais, conforme suas competências, a solicitarem e interpretarem os referidos exames de acordo com os critérios específicos de suas áreas.
A Resolução. Nº 04, do CNE, art. 5º, VI, enumera como competência do fisioterapeuta:


Realizar consultas, avaliações e reavaliações do paciente, colhendo dados, solicitando, executando e interpretando exames propedêuticos e complementares. O fisioterapeuta pode, inclusive, solicitar exames laboratoriais, desde que sejam para esclarecer diagnóstico e condutas fisioterápicas”.  (2)


Resta claro, conforme o elucidado, que para a consecução do fisiodiagnóstico de pacientes neurológicos, o fisioterapeuta encontra-se devidamente autorizado a solicitar determinados exames complementares, dos quais, destacam-se os de imagem: raios-X, tomografia computadorizada, ressonância magnética, mielografia, angiografia cerebral, etc.
Tais exames podem ser didaticamente classificados de acordo com a fonte de energia que os produzem. Sumariamente, é possível elencá-los em: Exames de fontes ionizantes, como o raio-X, a tomografia computadorizada e a angiografia; os de fontes eletromagnéticas, destacando-se a ressonância magnética e a ângio-ressonância; e ainda, os de fontes mecânicas, como a ultra-sonografia. (1)






FIGURA 1: ESCALONAMENTO DAS FONTES DE ENERGIA
FONTE: O Autor (Direitos autorais reservados)


A interpretação neurofuncional de exames radiológicos deve ser composta pela associação de diversos conhecimentos técnico-científicos de domínio do fisioterapeuta: a anatomia radiológica, a fisiopatologia, a semiologia (imaginologia) e a plasticidade neural (neuroplasticidade). (3)
Certamente, o domínio científico do fisioterapeuta neurofuncional ou neurointensivista é imprescindível para uma correta prescrição e leitura dos exames radiológicos, sobretudo na área de atuação hospitalar, facilitando assim, fisiodiagnósticos mais céleres e precisos e, consequentemente, o delineamento mais seguro de condutas cinesioterápicas.




REFERÊNCIAS:


1. Juhl, J.H. e Crummy, A.B. Interpretação radiológica. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 1996.
2. Educação, Conselho Nacional de. Resolução Nº 04. s.l. : Artigo 5º, VI.
3. Mello Júnior, Carlos Fernando de. Radiologia Básica. Rio de Janeiro : Revinter, 2010.




Adquira a apostila digital ilustrada: “INTERPRETAÇÃO FUNCIONAL DE EXAMES RADIOLÓGICOS” ou faça o curso à distância: Interpretação Neurofuncional de Exames Radiológicos. Informações: gfranciel@gmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário