quinta-feira, 14 de março de 2013

CINESIOTERAPIA NEUROLÓGICA CLÁSSICA ESQUEMATIZADA

CONVITE PARA O LANÇAMENTO DO LIVRO

LOCAL CONFIRMADO: Auditório da Biblioteca Central Zila Mamede - Câmpus Universitário/UFRN.

Entrada franca.
informações: gm.edictor@gmail.com ou gentilfonseca@hotmail.com

domingo, 3 de março de 2013

SÍNDROME DA POLINEUROPATIA DO PACIENTE CRÍTICO - SPPC

Critical Illness Polyneuropathy Syndrome - SPPC

     Os estudos voltados à perda de força muscular e redução dos reflexos motores (superficiais e profundos), tiveram início nos anos 80 do século passado. Os testes clínicos e complementares apontavam para disfunções de origem axonal, agudas de predomínio motor e de prognóstico reservado. Atribuiu-se, pois, a este grupo de sinais, o nome: Síndrome da Polineuropatia do Paciente Crítico (SPPC).
O tempo prolongado de permanência na UTI constitui o principal fato causador do declínio funcional dos pacientes com a SPPC. Dentre os fatores relacionados a este declínio estão: a imobilização prolongada no leito e o uso prolongado de sedativos e bloqueadores musculares.
 Durante a imobilização prolongada, as fibras musculares, sobretudo as do tipo 2, sofrem importante atrofia, por tornarem-se inativas. Este evento por tempo prolongado pode causar inclusive áreas de necrose muscular.
A sedação prolongada diminui as respostas dos testes neurológicos e pode aumentar o tempo de ventilação. E o uso de bloqueios musculares (curarização), torna os músculos cada vez mais vulneráveis aos efeitos de outras medicações (sobretudo corticosteróides).
Os termos polineuropatia e miopatia são habitualmente utilizados com sinonímia, porém, algumas diferençasclínicas e diagnósticas podem constituir um requisito para sua classificação independente:
Miopatia é a designação genérica das afecções e doenças musculares em que as fibras musculares não funcionam em muitas vezes, o que resulta em fraqueza muscular; Cãibras musculares; rigidez; espasmo; tetania e o "manobrismo do levantar". Seu diagnóstico é baseado na clínica; dosagem de enzimas musculares e exame do DNA. Quando o exame do DNA não detecta as deleções dos genes realiza-se então a biopsia de músculo com estudo da distrofina por meio de métodos imunoistoquímicos.
São inúmeros os tipos de miopatias, representados por diversos CIDs10: (M33.0) Miopatias Inflamatórias Adquiridas(Polimiosite, Dermatomiosite e Miosite por corpúsculos de inclusão); (G71.0) Distrofia muscular (Distrofia muscular benigna – Becker; Distrofia muscular escápulo-peronial benigna com contraturas precoces - Emery-Dreifuss; Distrofia muscular distal; Distrofia facio-escápulo-umeral; Distrofia muscular cinturas escapular e pélvica; Distrofia muscular ocular; Distrofia muscular óculo-faríngea; Distrofia muscular escápulo-peronial; e Distrofia muscular grave - Duchenne); (G71.1) Transtornos miotônicos (Distrofia miotônica – Steinert; Miotonia condrodistrófica induzida por drogas; Miotonia sintomática; Miotonia congênita SOE; Miotonia congênita dominante – thomsen; Miotonia congênita recessiva – Becker; Neuromiotonia – Isaacs; Paramiotonia congênita; Pseudomiotonia; Síndrome de Schwartz-Jampel); (G71.2) Miopatias congênitas(Doença da parte central; Distrofia muscular congênita SOE; Miopatia miotubular – centronuclear; Desproporção dos tipos de fibras; Doença do tipo “minicore”; Doença do tipo “multicore”; Distrofia muscular congênita com anormalidades morfológicas específicas das fibras musculares; Miopatia nemalínica); (G71.3) Miopatia mitocondrial não classificada em outra parte; (G72) Outras miopatias; (G72.0) Miopatia induzida por drogas; (G72.1) Miopatia alcoólica; (G72.2) Miopatia devida a outros agentes tóxicos; (G73.4) Miopatia em doenças infecciosas e parasitárias classificadas em outra parte; (G73.5) Miopatia em doenças endócrinas; (G73.6) Miopatia em doenças metabólicas; (G73.7) Miopatia em outras doenças classificadas em outra parte.
As polineuropatias, por corolário, são distúrbios neurológicos que ocorrem quando simultaneamente muitos nervos periféricos por todo o corpo começam a não funcionar corretamente. Podem ser agudas ou crônicas. Motoras, sensoriais, autonômicas ou mistas. Sua apresentação é geralmente simétrica e freqüentemente envolvem as extremidades distais. E seu diagnóstico é fechado basicamente pela eletromiografia.
Podem ser classificadas em metabólicas alcoólicas, por uso de medicamentos, infecciosas, auto-imunes, etc. Representadas pelo CID-10 (G61)
É importante que o fisioterapeuta avalie diariamente a força e/ou a qualidade muscular de seus pacientes, a fim de identificar precocemente possíveis instalações da SPPC e dessa forma, poder tomar as medidas profiláticas necessárias.
Algumas estratégias podem ser elencadas para a prevenção da SPPC, dentre as quais destacamos: instituição de protocolos de descontinuidade de sedação; e a mudança cultural das equipes de fisioterapia intensiva, que limitam suas condutas aos procedimentos respiratórios, para um novo tipo de abordagem, incluindo as intervenções funcionais, de mobilidade, alinhamento articular, posicionamentos adequados, etc.
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GLEIDSON FRANCIEL RIBEIRO DE MEDEIROS: Fisioterapeuta especialista em avaliação cinético funcional, fisioterapeuta do Hospital Universitário Onofre Lopes – HUOL/UFRN, Fisioterapeuta do Centro de Reabilitação Adulto – CRA, Preceptor da Residência Multiprofissional em Saúde do HUOL/UFRN, autor do livro: GUIA ILUSTRADO DE CINESIOTERAPIA NEUROLÓGICA BÁSICA, Aluno do curso de Direito da UFRN.