sexta-feira, 6 de setembro de 2013

INTERPRETAÇÃO NEUROFUNCIONAL DE EXAMES RADIOLÓGICOS (CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES)

NEUROFUNCTIONAL INTERPRETATION OF RADIOLOGICAL EXAMINATIONS  

(PRELIMINARY CONSIDERATIONS)



A busca por diagnósticos cada vez mais precisos é uma corrida constante entre os profissionais de saúde, pois uma avaliação detalhada e eficaz pode ser um dos fatores responsáveis pelo sucesso de qualquer tratamento.

Na fisioterapia neurofuncional não é diferente. Hoje com diversos recursos tecnológicos, os instrumentos propedêuticos têm ganhado um vultoso espaço frente ao tradicional exame físico.

Apesar do fisioterapeuta não ser o profissional habilitado a dar diagnósticos clínicos, é importante que tenha conhecimentos clínicos para que, a partir destes, seja formado um rol de informações necessárias para o diagnóstico cinético funcional. Igualmente importante é o conhecimento técnico deste profissional no tocante a exames complementares para este objetivo.

Entendendo esta necessidade, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional editou uma Resolução (RES. 398/11), regulamentando a atuação do fisioterapeuta neurofuncional e atribuindo-lhes as competências necessárias para tal, dentre as quais destaca-se a de solicitar exames complementares. É importante, asseverar que o referido profissional não pode nem deve realizar tais práticas (solicitação de exames complementares) sem observar alguns critérios, tais como: a indicação clínica correta para a solicitação precisa do exame, e a capacidade técnica do profissional, ou seja, o devido conhecimento acerca do exame solicitado.
Habitualmente os exames complementares são classificados em: laboratoriais, destacando-se cinco subgrupos (hematológicos, imunológicos, bioquímicos, parasitológicos e microbiológicos); eletrodiagnósticos, como a eletromiografia, o biofeedback, a eletroneuromiografia e o eletroencefalograma; e, por fim, os exames de imagem, o Raio-X, a Tomografia Cerebral, a Ressonância Magnética, a Angiografia, a Ultra-Sonografia , dentre outros.
 

A interpretação dos exames de imagem sob o prisma neurofuncional deve ser albergada por diversos saberes, sejam eles técnicos, como a imaginologia (que trata da formação das imagens a partir de cada tipo de exame); clínicos, destacando-se a anatomia radiológica (que estuda os aspectos morfológicos do sistema nervoso sob o ponto de vista dos diversos exames) e a radiologia clínica (que trata das alterações radiológicas nas respectivas doenças); e funcionais, como os conceitos de neurofisiologia (controle motor, desenvolvimento motor, etc), independência funcional (potenciais remanescentes do paciente em realizar atividades de vida diária , atividades laborais, etc), neuroplasticidade e plasticidade muscular, dentre outros conhecimentos.

Todas estas informações são compiladas e formarão os argumentos cinéticofuncionais para que o profissional emita o fisiodiagnóstico e faça com segurança sua programação cinesioterapêutica. Atualmente, a neurociência tem dado um especial destaque aos mecanismos de neuroplasticidade como pilares para a escolha das técnicas e métodos cinesioterapêuticos, sempre correlacionando tais mecanismos com as áreas afetadas e seus potenciais funcionais.


Em suma, a formulação do fisiodiagnóstico em neurologia é bastante complexo e merece um estudo pormenorizado por todo profissional que deseja enveredar por esta área e tem como objetivo proporcionar um atendimento sempre mais qualificado e eficiente aos seus pacientes.
 

EM BREVE LANÇAMENTO DO LIVRO:  
INTERPRETAÇÃO NEUROFUNCIONAL DE EXAMES RADIOLÓGICOS.
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  GLEIDSON FRANCIEL RIBEIRO DE MEDEIROS: Fisioterapeuta especialista em avaliação cinético funcional, fisioterapeuta do Hospital Universitário Onofre Lopes – HUOL/UFRN, Fisioterapeuta do Centro de Reabilitação Adulto – CRA, Preceptor da Residência Multiprofissional em Saúde do HUOL/UFRN, autor dos livros: GUIA ILUSTRADO DE CINESIOTERAPIA NEUROLÓGICA BÁSICA, CINESIOTERAPIA NEUROLÓGICA CLÁSSICA ESQUEMATIZADA, Aluno do curso de Direito da UFRN.

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