NEUROFUNCTIONAL INTERPRETATION OF RADIOLOGICAL EXAMINATIONS
(PRELIMINARY CONSIDERATIONS)
A busca por diagnósticos cada vez
mais precisos é uma corrida constante entre os profissionais de saúde, pois uma
avaliação detalhada e eficaz pode ser um dos fatores responsáveis pelo sucesso
de qualquer tratamento.
Na fisioterapia
neurofuncional não é diferente. Hoje com diversos recursos tecnológicos, os
instrumentos propedêuticos têm ganhado um vultoso espaço frente ao tradicional
exame físico.
Apesar do
fisioterapeuta não ser o profissional habilitado a dar diagnósticos clínicos, é
importante que tenha conhecimentos clínicos para que, a partir destes, seja
formado um rol de informações necessárias para o diagnóstico cinético
funcional. Igualmente importante é o conhecimento técnico deste profissional no
tocante a exames complementares para este objetivo.
Entendendo esta
necessidade, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional editou
uma Resolução (RES. 398/11), regulamentando a atuação do fisioterapeuta
neurofuncional e atribuindo-lhes as competências necessárias para tal, dentre as
quais destaca-se a de solicitar exames complementares. É importante, asseverar
que o referido profissional não pode nem deve realizar tais práticas
(solicitação de exames complementares) sem observar alguns critérios, tais
como: a indicação clínica correta para a solicitação precisa do exame, e a
capacidade técnica do profissional, ou seja, o devido conhecimento acerca do exame solicitado.
Habitualmente os exames complementares são classificados em: laboratoriais,
destacando-se cinco subgrupos (hematológicos, imunológicos, bioquímicos,
parasitológicos e microbiológicos); eletrodiagnósticos, como a eletromiografia,
o biofeedback, a eletroneuromiografia e o eletroencefalograma; e, por fim, os
exames de imagem, o Raio-X, a Tomografia Cerebral, a Ressonância Magnética, a
Angiografia, a Ultra-Sonografia , dentre outros.
A interpretação dos exames de imagem sob o prisma neurofuncional deve ser albergada por diversos saberes, sejam eles técnicos, como a
imaginologia (que trata da formação das imagens a partir de cada tipo de
exame); clínicos, destacando-se a anatomia radiológica (que estuda os aspectos
morfológicos do sistema nervoso sob o ponto de vista dos diversos exames) e a
radiologia clínica (que trata das alterações radiológicas nas respectivas
doenças); e funcionais, como os conceitos de neurofisiologia (controle motor,
desenvolvimento motor, etc), independência funcional (potenciais remanescentes
do paciente em realizar atividades de vida diária , atividades laborais, etc),
neuroplasticidade e plasticidade muscular, dentre outros conhecimentos.
Todas estas informações são compiladas e formarão os argumentos cinéticofuncionais para que o profissional emita o fisiodiagnóstico e
faça com segurança sua programação cinesioterapêutica. Atualmente, a
neurociência tem dado um especial destaque aos mecanismos de neuroplasticidade
como pilares para a escolha das técnicas e métodos cinesioterapêuticos, sempre
correlacionando tais mecanismos com as áreas afetadas e seus potenciais
funcionais.
Em suma, a formulação do fisiodiagnóstico em neurologia é
bastante complexo e merece um estudo pormenorizado por todo profissional que
deseja enveredar por esta área e tem como objetivo proporcionar um atendimento sempre
mais qualificado e eficiente aos seus pacientes.
EM BREVE LANÇAMENTO DO LIVRO:
INTERPRETAÇÃO NEUROFUNCIONAL DE EXAMES RADIOLÓGICOS.
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GLEIDSON
FRANCIEL RIBEIRO DE MEDEIROS: Fisioterapeuta especialista em avaliação
cinético funcional, fisioterapeuta do Hospital Universitário Onofre
Lopes – HUOL/UFRN, Fisioterapeuta do Centro de Reabilitação Adulto –
CRA, Preceptor da Residência Multiprofissional em Saúde do HUOL/UFRN,
autor dos livros: GUIA ILUSTRADO DE CINESIOTERAPIA NEUROLÓGICA BÁSICA,
CINESIOTERAPIA NEUROLÓGICA CLÁSSICA ESQUEMATIZADA, Aluno do curso de
Direito da UFRN.